quinta-feira, 7 de abril de 2011

A foca-monge-do-mediterrâneo

A foca-monge-do-mediterrâneo (Monachus monachus) também conhecida por lobo marinho é provavelmente o membro da família das focas mais ameaçado de extinção. Outrora espalhado pelo Mediterrâneo e águas adjacentes, hoje estima-se que haja somente 400 indivíduos deste mamífero marinho.
As focas passam a maior parte do tempo dentro de água. Chegam a dormir  no mar; à superfície, num período que pode chegar a 12 minutos, findos os quais tem de se movimentar para respirar. Como são mamíferos apenas podem respirar à superfície, mas conseguem permanecer 10 a 12 minutos submersas.
A foca-monge-do-mediterrâneo alimenta-se de animais que apanha no mar: polvos,  mero, congro e outros peixes de tamanho considerável.
Embora realiza a maior parte das suas actividades no mar, depende da terra para repousar, fazendo-o em praias escondidas no interior de grutas.
Trata-se de um animal muito curioso. Aproxima-se facilmente do ser humano, nomeadamente quando é jovem. No entanto, as fêmeas com crias podem ser agressivas, pois,  são muito ciosas da sua prole. As crias estão ao cuidado dos pais durante um a dois anos e são muito brincalhonas e despreocupadas.
Na antiguidade, os povos do mediterrâneo atribuíam grande importância à foca-monge, colocando-a sob a protecção directa dos deuses, dotando-a de uma capacidade parcialmente humana.
Infelizmente, nos dias de hoje,  figura entre as espécies  mais protegidas do mundo. Este mamífero marinho está em vias de extinção devido à pesca, à captura fortuita por equipamentos de pesca e à poluição, que leva à redução da disponibilidade de alimentos e à destruição do seu habitat.
A desertificação humana que se verifica nas ilhas desertas, no arquipélago da Madeira, levou à fixação de uma pequena colónia de 23 indivíduas, cuja ameaça é um eventual derrame de crude na zona, que destrua esse habitat.

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