sexta-feira, 29 de abril de 2011

O morcego

O morcego é o único mamífero que tem capacidade de voo, devido à transformação das mãos em asa (patágio). Tem a cabeça grande, o pescoço alongado e a boca grande. Para se orientarem de noite, altura em que se alimentam, utilizam um sexto sentido que possuem: a ecolocalização, ou seja, orientação por sons. O morcego emite ondas ultra-sónicas (inaudíveis pelos humanos) que atingem os obstáculos no ambiente e retornam sob a forma de ecos, perceptíveis por estes animais.
Este animal vive em pequenos esconderijos naturais (copas de árvores, folhagens, troncos ocos,..) ou construídos pelos homens (sótãos, forros, telhados, pisos falsos,...).
Os morcegos têm uma dieta muito variada. Da sua dieta alimentar constam frutos, sementes, folhas, néctar, pólen, pequenos vertebrados, insectos, peixes e sangue. 
Existem muitos factores que levaram à colocação desta espécie em vias de extinção: destruição de habitat, águas poluídas e insecticidas, que matam a sua principal fonte de alimento.


quinta-feira, 28 de abril de 2011

A morsa

A morsa (Odobenus rosmarus) é mais um dos animais directamente afectados pelo aquecimento global.
Esta mamífero vive nas águas do Árctico e com o degelo está a ficar sem comida. Tal como os ursos polares, as morsas dependem do gelo que flutua à superfície da água do mar para descansar, procurar alimento e alimentar as crias. A escassez de gelo nas águas do Árctico, durante o Verão e o Outono, cenário provocado pelo aquecimento global, afecta-as bastantes.
Para esses mamíferos marinhos, que vivem nos Estados Unidos, na Rússia e no Canadá, os problemas causados pela escassez de gelo fazem-se já sentir no litoral norte do Alasca e no Estreito de Bering, no norte da Sibéria. No Verão de 2010, pela terceira vez em quatro anos, um grande número de morsas juntou-se na costa do Mar Chukchi em vez de o fazerem nos bocados de gelo flutuante, como era habitual. Tudo porque a maior parte do gelo desapareceu. No ano passado, os níveis de gelo no mar durante o Verão registaram o seu terceiro nível mais baixo desde o início da monitorização por satélite, em 1979, segundo o National Snow and Ice Data Center.
Estes novos locais de concentração afastam as morsas das melhores fontes de alimento, que costumavam encontrar no mar. Os animais jovens e pequenos são os mais atingidos, correndo perigo de vida. Em 2009, noutra região costeira do Alasca, onde centenas de morsas passaram a reunir-se, os biólogos encontraram 131 crias mortas.
Um estudo prevê que, até 2050, o Mar Chukchi fique sem gelo durante três meses por ano. Até ao final do século esse período aumentará para cinco meses. Também os períodos sem gelo no Mar de Bering deverão aumentar. Outro estudo calcula que, até final do século, as morsas têm 40 por cento de hipóteses de se extinguirem ou ficarem em riscos de extinção.
Está na hora de pararmos para reflectir... e agir!


quarta-feira, 27 de abril de 2011

A águia-de-bonelli

Há uma ave conhecida pela sua raridade e timidez, pela pouca tolerância ao ser humano e às paisagens humanizadas. Rara, em vias de extinção, luta pela sobrevivência, não se contanto mais de 80 casais em Portugal.
Trata-se da águia-de-bonelli (Hieraaetus fasciatus), também conhecida como águia-perdigueira. É uma ave de rapina pequena, com coloração branca no peito e na face interior das asas e escura no resto do corpo.
Alimenta-se sobretudo de mamíferos de médio porte, como o coelho-bravo, de aves (perdiz-vermelha) e com menor frequência de répteis.
Habita normalmente regiões montanhosas, onde pode ver vista a pairar, geralmente aos pares.
A águia-de-bonelli foi classificada em Portugal com o estatuto de conservação “raro” (Livro vermelho dos vertebrados de Portugal Continental) e na União Europeia com o estatuto de conservação prioritário.
Esta ave é vítima dos pesticidas agrícolas, que matam os insectos que fazem parte da sua dieta alimentar, causando graves envenenamentos.
O que podemos fazer? Colocar menos químicos nas culturas e proteger o seu habitat.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Não é evidente?

Os principais factores de deterioração dos rios e lagos são a poluição e a contaminação por produto químicos e esgotos. Detergentes, óleos de cozinha, óleos de veículos motorizados, gasolina e outros combustíveis, produtos químicos usados nas indústrias, metais pesados (chumbo, zinco, alumínio e mercúrio), descargas ilegais de resíduos... tudo vai parar aos cursos de água, contaminando-a
Esta contaminação reduz o oxigénio dissolvido na água, provocando a morte de toneladas de peixes e de inúmeras formas de microorganismos existentes nesse habitat.
Os peixes têm de começar a aparecer mortos para as autoridades e a população se preocupar com a poluição existente no local.
Perante um cenário como o das imagens, não é evidente?



quinta-feira, 7 de abril de 2011

A foca-monge-do-mediterrâneo

A foca-monge-do-mediterrâneo (Monachus monachus) também conhecida por lobo marinho é provavelmente o membro da família das focas mais ameaçado de extinção. Outrora espalhado pelo Mediterrâneo e águas adjacentes, hoje estima-se que haja somente 400 indivíduos deste mamífero marinho.
As focas passam a maior parte do tempo dentro de água. Chegam a dormir  no mar; à superfície, num período que pode chegar a 12 minutos, findos os quais tem de se movimentar para respirar. Como são mamíferos apenas podem respirar à superfície, mas conseguem permanecer 10 a 12 minutos submersas.
A foca-monge-do-mediterrâneo alimenta-se de animais que apanha no mar: polvos,  mero, congro e outros peixes de tamanho considerável.
Embora realiza a maior parte das suas actividades no mar, depende da terra para repousar, fazendo-o em praias escondidas no interior de grutas.
Trata-se de um animal muito curioso. Aproxima-se facilmente do ser humano, nomeadamente quando é jovem. No entanto, as fêmeas com crias podem ser agressivas, pois,  são muito ciosas da sua prole. As crias estão ao cuidado dos pais durante um a dois anos e são muito brincalhonas e despreocupadas.
Na antiguidade, os povos do mediterrâneo atribuíam grande importância à foca-monge, colocando-a sob a protecção directa dos deuses, dotando-a de uma capacidade parcialmente humana.
Infelizmente, nos dias de hoje,  figura entre as espécies  mais protegidas do mundo. Este mamífero marinho está em vias de extinção devido à pesca, à captura fortuita por equipamentos de pesca e à poluição, que leva à redução da disponibilidade de alimentos e à destruição do seu habitat.
A desertificação humana que se verifica nas ilhas desertas, no arquipélago da Madeira, levou à fixação de uma pequena colónia de 23 indivíduas, cuja ameaça é um eventual derrame de crude na zona, que destrua esse habitat.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A cegonha-preta

A cegonha-preta (Ciconia nigra) é uma ave de plumagem branca no ventre e negra no dorso, cauda, cabeça e pescoço. O bico e as patas são vermelho vivo.
Habita lagos, rios ou regiões alagadas rodeadas por densas florestas. Alimenta-se em zonas ribeirinhas e é raramente observada em terrenos áridos. Come crustáceos, anfíbios e pequenos peixes. A cegonha-preta é muito útil para a agricultura porque come inúmeros insectos, sendo controladores de pragas.
Contudo também esta espécie está em vias de extinção devido à poluição dos solos. A utilização de produtos químicos no controlo das pragas agrícolas está a envenená-la. Acresce que a intervenção humana destrói muitos dos seus habitats.


terça-feira, 5 de abril de 2011

A baleia-azul

A baleia-azul (balaenoptera musculus) é um mamífero marinho e é o maior animal que existe na face da Terra. Pode chegar a ter 33 metros de comprimentos e 180 toneladas de peso. A cabeça de uma baleia-azul é tão grande que cinquenta pessoas poderiam apoiar-se na sua língua. Um bebé humano poderia gatinhar através das suas principais artérias e um humano adulto poderia arrastar-se pela sua aorta. Uma baleia azul récem-nascida pesa mais que um elefante adulto e tem cerca de 7,6 metros de comprimento. Durante os primeiros sete meses de vida bebe cerca de 380 litros de leite. Apesar de ser um mamífero a baleia-azul não amamenta os seus filhotes pelas tetas. O leite é tão gorduroso que ela solta-o na água, onde o filhote o suga, já que a água e a gordura não se misturam. A baleia-azul possui uma pequena aleta (abertura) que pode produzir jactos de água que atingem sete metros de altura. O seu pulmão pode conter aproximadamente cinco mil litros de ar. Também é o animal mais ruidoso do mundo. Emite sons de baixa frequência que atingem os 188 decibéis, mais fortes que o som de um avião a jacto, que se ouvem a 800 quilómetros de distância.
Impressionante este animal, não é?
No entanto o risco de poluição ameaça a sobrevivência desta espécie. Sete das treze espécies estão em vias de extinção, ao serem confrontadas com o ataque dos efluentes químicos e dos pesticidas que são lançados ao mar. As substâncias poluentes fixam-se na gordura destes mamíferos e, posteriormente, no leite materno que alimenta os baleotes. Mais tarde, provocam ainda disfuncionamentos nos sistemas imunitário, nervoso e reprodutivo.
Como podemos deixar que isto aconteça?

      

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O tritão-de-ventre-laranja

O tritão ibérico ou tritão-de-ventre-laranja (Lissotriton boscai) mede entre sete a dez centímetros, tem um focinho arredondado e olhos pequenos. A característica endémica desta espécie da Península Ibérica é o ventre laranja, que contrasta com o dorso acastanhado com pintas pretas.
Alimenta-se de invertebrados aquáticos, como vermes e insectos.
O tritão ibérico reside em florestas tropicais temperadas, rios, pântanos, lagos de água doce, charcos, tanques, fontes e ribeiras. Gosta de águas limpas e bem oxigenadas.
Infelizmente esta espécie está em vias de extinção devido à poluição das águas provocada pelo Homem, com produtos tóxicos, matando muitos deles e impedindo a sobrevivência das crias.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O ornitorrinco

Já ouviram falar do ornitorrinco?
O ornitorrinco (Ornithrbynchus Anatinus) habita em rios e lagos de água doce e em túneis subterrâneos que escava no solo. È um animal com bico de pato, pelo, cauda achatada e patas com membranas. Possui ferrões nas patas e quando os utiliza causam uma dor insuportável. É carnívoro e alimenta-se de insectos, vermes e crustáceos de água doce, tendo o corpo adaptada para uma vida aquática ou terrestre.
O ornitorrinco é, no entanto, um mamífero diferente dos restantes: é o único mamífero que põe ovos, não sendo um animal vivíparo; as fêmeas não têm mamilos mas tem glândulas mamárias, pelos que as crias sugam o leite materno através dos poros existentes na pelagem da barriga; dentro dos ovos as crias possuem um dente na ponta do bico que serve para perfurar a casca e que cai pouco depois do nascimento.
Tal como os outros mamíferos o ornitorrinco tem sangue quente. Consegue aguentar cerca de cinco minutos debaixo de água, os olhos e as narinas quando mergulham ficam protegidas por uma espécie de bolsa, que faz com que fiquem surdos e cegos, orientando-se com o bico, que é muito sensível.
É uma animal curioso, não é?  E engraçado...
Infelizmente está em vias de extinção, devido à poluição das águas dos rios e dos lagos, que destrói o seu habitat.