quinta-feira, 28 de abril de 2011

A morsa

A morsa (Odobenus rosmarus) é mais um dos animais directamente afectados pelo aquecimento global.
Esta mamífero vive nas águas do Árctico e com o degelo está a ficar sem comida. Tal como os ursos polares, as morsas dependem do gelo que flutua à superfície da água do mar para descansar, procurar alimento e alimentar as crias. A escassez de gelo nas águas do Árctico, durante o Verão e o Outono, cenário provocado pelo aquecimento global, afecta-as bastantes.
Para esses mamíferos marinhos, que vivem nos Estados Unidos, na Rússia e no Canadá, os problemas causados pela escassez de gelo fazem-se já sentir no litoral norte do Alasca e no Estreito de Bering, no norte da Sibéria. No Verão de 2010, pela terceira vez em quatro anos, um grande número de morsas juntou-se na costa do Mar Chukchi em vez de o fazerem nos bocados de gelo flutuante, como era habitual. Tudo porque a maior parte do gelo desapareceu. No ano passado, os níveis de gelo no mar durante o Verão registaram o seu terceiro nível mais baixo desde o início da monitorização por satélite, em 1979, segundo o National Snow and Ice Data Center.
Estes novos locais de concentração afastam as morsas das melhores fontes de alimento, que costumavam encontrar no mar. Os animais jovens e pequenos são os mais atingidos, correndo perigo de vida. Em 2009, noutra região costeira do Alasca, onde centenas de morsas passaram a reunir-se, os biólogos encontraram 131 crias mortas.
Um estudo prevê que, até 2050, o Mar Chukchi fique sem gelo durante três meses por ano. Até ao final do século esse período aumentará para cinco meses. Também os períodos sem gelo no Mar de Bering deverão aumentar. Outro estudo calcula que, até final do século, as morsas têm 40 por cento de hipóteses de se extinguirem ou ficarem em riscos de extinção.
Está na hora de pararmos para reflectir... e agir!


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